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Colombiano Gustavo Petro critica ações militares dos EUA e questiona passividade da OEA diante de violações de direitos humanos no Caribe
atualizado
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou, neste sábado (1º/11), o silêncio da Organização dos Estados Americanos (OEA) diante dos ataques militares dos Estados Unidos no Caribe. Nas redes sociais, o líder questionou por que a entidade interamericana não se reúne para avaliar “violações sistemáticas de direitos humanos” cometidas pelas forças norte-americanas.
“Se o governo Trump está violando o direito internacional ao atacar pessoas de forma desproporcional e violenta no Caribe, e se já se decidiu que existem ações extrajudiciais como as da ONU, por que a OEA não age?”, questionou Petro.
O líder colombiano ainda criticou a ausência de medidas cautelares da Comissão de Direitos Humanos em Washington e questionou se a Convenção Americana sobre Direitos Humanos foi firmada unilateralmente pelos EUA.
Petro enfatizou que o silêncio diante dessas ações “define a legitimidade da OEA e do sistema interamericano de direitos humanos” e colocou a questão em termos de soberania continental. “Ou somos um continente de nações soberanas, ou somos um continente colonizado por um império.”
ONU condena ataques
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou recentemente os ataques dos EUA contra embarcações no Caribe e no Oceano Pacífico afirmando que essas ações violam o direito internacional e são “inaceitáveis”.
Desde agosto, os EUA realizaram ofensivas navais e aéreas, sob a justificativa de combater o narcotráfico, que resultaram em pelo menos 61 mortos, segundo relatos da imprensa internacional.
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, destacou que nenhum dos indivíduos atacados representava ameaça iminente, pedindo que os EUA investiguem, processem e punam responsáveis por crimes graves conforme o Estado de Direito.
Maduro, petróleo, EUA
O presidente Nicolás Maduro acusou, nessa sexta-feira (31/10), os Estados Unidos de orquestrar uma “guerra multifacetada” para se apropriar das principais reservas de petróleo do mundo e instalar um governo aliado na Venezuela.
Maduro ainda chamou atenção para a posição estratégica da Venezuela e suas riquezas naturais, afirmando que “o povo venezuelano continuará construindo seu modelo democrático, com plenas liberdades, resolvendo seus assuntos com autonomia e soberania, sem renunciar um pingo de dignidade”.
Petro e Trump
No fim de outubro, o governo Trump incluiu Gustavo Petro, o filho dele, Nicolás, o ministro Armando Benedetti e a primeira-dama Verónica Alcocer na Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN), que impede transações com cidadãos e empresas americanas.
A medida aumentou a tensão diplomática entre Bogotá e Washington, que já vinham trocando acusações públicas. Recentemente, Trump chamou Petro de “chefe do narcotráfico na Colômbia” e ameaçou impor tarifas ao país. Embora a aplicação das tarifas tenha sido adiada, as sanções financeiras foram mantidas.






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