Guerra em Gaza termina com mais de 67 mil mortos, incluindo crianças

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Segundo o relatório estatístico diário da Palestina, o número de mortos ultrapassa 67 mil, enquanto o de feridos é de 57 mil

 atualizado 

Após dois anos de confrontos, Israel e Hamas assinaram um acordo de cessar-fogo que encerra a guerra na Faixa de Gaza. O conflito deixou 67.211 mortos no território palestino desde o início da ofensiva, segundo última atualização do Ministério da Saúde da Palestina.

Do total de mortos, quase 5 mil eram crianças, cerca de 10 mil eram mulheres e mais de 20 mil eram homens.

Cessar-fogo

  • O cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado pelos países Catar, Egito, Estados Unidos e Turquia, finalmente foi alcançado na Faixa de Gaza.
  • O anúncio do fim da guerra foi feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
  • Milhares de palestinos retornaram, na última sexta-feira, para Gaza, após o cessar-fogo entrar em vigor pela manhã.

Apesar do anúncio do cessar-fogo e do fim da guerra em Gaza, feito por Donald Trump, o ministério palestino informou que, entre quinta-feira (9/10) e sexta, 17 pessoas foram mortas e 71 ficaram feridas em ataques israelenses.

Além das mortes causadas por ações de soldados israelenses, os palestinos sofreram com o bloqueio da ajuda humanitária em Gaza.

Até o momento, 461 palestinos morreram por desnutrição, incluindo 188 crianças, número que representa a maior proporção entre homens, mulheres e idosos desde o início das ofensivas, em 7 de outubro de 2023. Cerca de 19% das crianças menores de 5 anos na Cidade de Gaza apresentaram casos de desnutrição.

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“A fome atingiu níveis catastróficos em Gaza, com quase 2 milhões de pessoas em situação crítica e mais de 50 mil crianças menores de 5 anos sofrendo de desnutrição”, informou o ministério no dia 7 de outubro de 2023, quando a guerra completou dois anos.

Quais são as chances de o conflito retornar?

O cessar-fogo em Gaza entra em sua primeira fase entre Israel e Hamas, que inclui o cessar-fogo imediato, a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) da Faixa de Gaza e o fim do bloqueio israelense à entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.

João Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel-Aviv, assessor do Instituto Brasil-Israel e membro do podcast Do Lado Esquerdo do Muro, contou ao Metrópoles que não é possível ter certeza, mas acredita que as chances de uma retomada da guerra “são muito pequenas”.

Segundo Miragaya, há três razões pelas quais a guerra não deve retornar. A primeira envolve a decisão do Hamas de concordar em “libertar todos os sequestrados vivos num espaço de tempo muito pequeno, mesmo antes de receber as garantias” de que Israel saísse de Gaza.

A segunda questão, segundo o especialista, é que as garantias de que a guerra não retornará foram divulgadas por “diversas fontes que acompanham o conflito”.

A terceira razão é de que o governo Trump “não pode simplesmente apoiar o recomeço da guerra porque isso seria contrariar as demandas dos Estados aliados do Oriente Médio, que são o Catar, a Turquia e o Egito”.

Segundo Miragaya, “por mais que o Trump possa ser imprevisível, essa traição a esses países é impensável nesse momento”.

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